Marvel Ultimate Alliance 2

Marvel Ultimate Alliance 2
A política é mais importante do que os atos heróicos. Os super-heróis mais importantes e influentes não confiam mais uns nos outros. E, além de tudo, a opinião pública se volta contra aqueles que um dia os protegeram, exigindo que assumam suas falhas e erros. Este é o pano de fundo da mega saga das HQs Guerra Civil e que também é o grande mote do jogo Marvel Ultimate Alliance 2, lançado mundialmente no mês passado para Xbox 360, Wii, PS2, PS3, PSP e DS.

E essa história é justamente o grande trunfo de MUA2. Ao invés de quebrar a cabeça desenvolvendo um enredo interessante para os gamers, os desenvolvedores do jogo se voltaram para as histórias publicadas nos últimos anos pela Marvel. E acabaram encontrando a melhor possível para adaptar. Claro, há modificações e adições para trazer o enredo para mais próximo do universo de um game, entretanto, o básico da Guerra Civil está lá. E vai além, já que, no começo, o game também adapta a saga Guerra Secreta, que, nas HQs, relatou uma invasão aos país europeu Latvéria e suas conseqüências, tendo relação direta com a Guerra Civil.

Assim, com uma história boa nas mãos, não foi preciso fazer a enorme ginástica no roteiro, como foi no primeiro Marvel Ultimate Alliance. No jogo original, o que move a história é uma ultra-mega união entre vilões, comandada pelo Dr. Destino, que levam o jogador aos confins do Universo Marvel, indo de Atlântida ao planeta natal dos Skrulls. No final o jogo é até divertido, mas a história acaba não empolgando, como acontece nesta continuação.

E não é só a história que está melhor. Os gráficos evoluíram bastante, até porque o primeiro jogo foi lançado bem na época em que os games estavam migrando da sexta para a sétima geração dos consoles. Agora as texturas estão bem melhores e os uniformes dos heróis estão próximos da realidade. Caso fossem reais, claro. ;)

Já a jogabilidade continua a mesma. Misturando RPG (principalmente na perspectiva da câmera) e jogos de ação, dá pra se divertir bastante. Como a história da Guerra Civil colabora neste ponto, houve um investimento um pouco maior nas características de RPG do jogo, com o jogador escolhendo nos diálogos qual resposta prefere dar entre três disponíveis. Não que isso altere os rumos do jogo, já que há apenas uma ação que realmente reflete no andamento da história: se registrar ou não junto ao governo estadunidense. Ao se registrar, o jogador se alia ao lado do Homem de Ferro e Sr. Fantástico, defendendo a lei e a ordem contra as forças anti-registro, com fases específicas. Ao se rebelar e não assinar o “alistamento”, o jogador se torna parte dos Vingadores Renegados do Capitão América e passa a agir para convencer a opinião pública para ir contra o registro. É pouco para quem curte RPGs de verdade, mas já vale por trazer a possibilidade (ou diria necessidade?) de fechar o game duas vezes e conferir os diferentes caminhos da história.

Para quem gosta de quebrar a cabeça, Marvel Ultimate Alliance 2 não traz grandes desafios também. Ou melhor, até traz, mas são mais específicos nos chefes das fases, que necessitam de uma estratégia para serem vencidos. De resto, é só ir atacando todo mundo. O que pode ser bem divertido também, principalmente em modo multiplayer cooperativo.

Falando em cooperatividade, uma das grandes novidades do jogo é justamente a fusão, que é quando dois dos quatro personagens na tela unem seus poderes para um forte golpe. Cada combinação traz um golpe diferente, sendo que alguns podem ser bem devastadores. Para ativar a função, é só usar o botão específico e selecionar com qual jogador você quer fazer a fusão. Se estiver jogando em modo cooperativo com um amigo, é só os dois apertarem o mesmo botão ao mesmo tempo e pronto.

Há ainda outras melhorias em relação ao Marvel Ultimate Alliance original, como a possibilidade de salvar o jogo e trocar os integrantes da equipe de super-heróis em qualquer ponto, sem a necessidade de encontrar o escudo da Shield, que, no primeiro jogo, aparecia até no inferno do vilão Mefisto, em uma onipresença do órgão governamental que eu nunca entendi. Também não há mais a necessidade de “coletar moedas”, algo muito “Mario” para um jogo de super-heróis. Pena é a câmera, que, ao tentar dar aquela sensação de jogar o clássico de RPG de tabuleiro DragonQuest (bom, ao menos eu tenho essa sensação), acaba atrapalhando a visão do jogo em alguns momentos.

No final, temos um jogo justo, com gráficos muito bons, história impecável e que, com certeza, vai te garantir várias horas de diversão com o seu console. E, para quem tiver um pouco de dificuldade no jogo ou tem medo de comprar o Marvel Ultimate Alliance 2 por “ser meio ruim neste tipo de jogo”, aqui vai uma dica importante: monte sua equipe com pelo menos um mutante com poderes de cura, como é o caso de Wolverine e Deadpool. Como o life desses personagens vai se recompondo com o tempo, a chances de morrer inúmeras vezes antes de fechar o jogo caem bastante.

ps. Não sei vocês, mas, depois de escrever isso tudo, não fiquei na vontade de jogar MUA 2, mas sim de curtir umas partidas de DragonQuest. =D



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